Uma filha de D.Pedro I, Dona Maria Amélia

Enquanto isso ocorria, íamo-nos aproximando cada vez mais da entrada do porto.

É maravilhosa a baía do Rio de Janeiro. O que Martius e muitos outros escritores descrevem fica muito aquém da realidade.

Sete fortalezas guarnecem o porto, e essas, assim como os navios brasileiros e estrangeiros, fizeram troar seus canhões em saudação, o que repercutiu nas montanhas que circundam a cidade.

Apresentaram-se oficiais, membros da corte, a marinha inglesa e a francesa.

Também vieram a bordo os filhos do primeiro matrimônio de D. Pedro: Januária, Francisca, Paula e Pedro. Inúmeras embarcações acompanharam a fragata. O Imperador jantou a bordo, mas, devido ao protocolo, voltou de má vontade com os filhos para o Palácio. À noite, todos os navios se iluminaram.

Chovia copiosamente"(1)Nota do Autor.

Sessenta e sete dias gastou na viagem Dona Amélia, para vir de Portsmouth ao Rio. E, em sua companhia, além do irmão, o Príncipe Augusto de Eichstaedt e a rainha de Portugal, a baronesa de Sturnfeder, os condes de Meyan e Spritz, um antigo general, íntimo amigo do Príncipe Eugênio, dois coronéis, cinco capitães, o médico e o confessor.

É possível que, na monotonia desses longos dias, que se sucediam entre céu e mar, Dona Amélia, procurando encurtar o tempo, tivesse bordado a ouro o lenço de finíssima cambraia, com as iniciais "P. A. 17 de outubro 1829", cuja estampa reproduzimos(2)Nota do Autor.

Celebrou-se, no dia seguinte, o casamento.

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