NOTA PRÉVIA
J. F. de ALMEIDA PRADO, se vivo fosse, completaria 91 anos em 8 de dezembro de 1989. Nasceu na Fazenda Paraguaçu, em Rio Claro, Estado de São Paulo, em 1898. Destacou-se pela inteligência invulgar; culto, refinado, como anfitrião nunca foi igualado. Célebre ficou na lembrança de todos que o conheceram na Pensão Humaitá, n.° I e II, respectivamente na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 966, e Rua Guaianases, 1041. O cultivo de roseiras era o seu hobby favorito e, dentro de casa, as rosas perfumavam o ambiente em vasos improvisados. Colecionou a famosa "Brasiliana", de valor inestimável, hoje, de propriedade do Instituto de Estudos Brasileiros. Obras raras conseguiu no exterior, nas suas constantes viagens. Poliglota, falava fluentemente diversas línguas. Escreveu muitos livros sobre história do Brasil, entre eles, A conquista da Paraíba, A Bahia e as capitanias do Centro do Brasil, Primeiros povoadores do Brasil, os três constantes da "Brasiliana". Para restabelecer a verdade do evento modernista de 22, escreveu A grande Semana de Arte Moderna, de cujo movimento participou. Iniciou-se na literatura reunindo crônicas publicadas no Correio Paulistano, sob o título A Capital, assinadas JF. Publicou também Circo de cavalinhos e dois romances: A testemunha e Os três sargentos, o mais famoso, assinado Aldo Nay, anagrama do nome Yan de Almeida Prado.
São Paulo, 07.11.89
José Almeida Prado de Castro