para solicitar colaboração, Cruz Cabugá e Abreu e Lima em 1817, Natividade Saldanha em 1824.
O cada vez mais intenso comércio marítimo do Recite estimulava o intercâmbio também intelectual. Na virada do século XVIII ao XIX, o porto do Recife disputava o segundo lugar com o da Bahia, logo após o do Rio de Janeiro. Em 1809, Pernambuco e Salvador até o deixam em terceiro lugar. De 1814 a 1821 e em 1823, o Recife está de novo à frente do Rio, um pouco acima de Salvador.
Para Pernambuco, ao lado de Salvador da Bahia, vinha comércio da Europa, África, Índia, até da China através de Bengala e Macau. Os portos de destinação: principalmente Lisboa, Madeira e Filadélfia. As mercadorias exportadas: principalmente açúcar e algodão, seguidos por couros e madeiras. (14) Nota do Autor
Logo após a Independência, 1823, tinham arribado ao Recife, com cargas, 343 embarcações de Portugal, França, Hamburgo, Amsterdã, Trieste, Gênova, Vigo, Buenos Aires, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Costa d'África.(15) Nota do Autor
Entrando pelo século XX, o porto do Recife, ampliado, passou a receber regularmente navios britânicos, estadunidenses, franceses, alemães, italianos, holandeses e portugueses, com especial destaque para as companhias Royal Mail, United States & Brazil Mail, Pacific Steaming Navigation, Chargeurs Réunis, Messageries Maritimes, Hamburg Suedamerikanische e Lloyd Real Holandês. Apoiados por numerosos bancos estrangeiros, London and Brazilian Bank o primeiro, fins da década de 1860. Abrindo caminho para a implantação dos cabos submarinos da Western e Italcable. Em 1851 fundava-se o Banco de Pernambuco com capitais locais.
Na área cultural, surgia o Seminário de Olinda em 1798 sob sopros mais iluministas que canônicos, por iniciativa do Bispo Azeredo Coutinho que irá, logo em seguida, fechar a Inquisição em Portugal; em 1825 aparece o Diario de Pernambuco, daí em diante o mais antigo jornal brasileiro em ininterrupta circulação; em 1827 é criada a Faculdade de Direito de Olinda, depois no Recife, ao mesmo tempo que a do Largo de São Francisco em São Paulo; em 1852 funda-se a Biblioteca Pública de Pernambuco também no Recife.