O precursor do abolicionismo no Brasil: Luís Gama

"Um coração de anjo, a harpa eólia de todos os sofrimentos da opressão, um espírito genial; uma torrente de eloquência, de dialética e de graça; um caráter adamantino, cidadão para Roma antiga, inaclimável no Baixo Império; personalidade de granito, aureolado de luz e povoado de abelhas do Himeto. Se eu houvera de escrever-lhe o epitáfio, iria pedir este ao poeta da "Legenda dos Séculos": De verre pour gémir, d'airain pour résister."

Rui Barbosa - Artigo no "Diário de Notícias", de 24 de agosto de 1885.

"Eu disse, uma vez, que a escravidão nacional nunca havia produzido um Terencio, um Epitecto, ou sequer, um Spartaco. Há, agora, uma exceção a fazer: a escravidão, entre nós, produziu Luiz Gama, que teve muito de Terencio, de Epitecto e de Spartaco."

Silvio Romero - História da Literatura Brasileira, Tomo II, página 447, da segunda edição - Rio, 1902.

"O mal está no 'homem', clamam os céticos. Simplesmente, o 'homem' é o aristocrata europeu, bandido feudal, até quase o século XVIII, e é Luiz Gama - um preto, que tinha o caráter e seria capaz de ter a energia de Washington. Não teve 'o meio', nem os meios: eis tudo."

Alberto Torres - citado por A. de Saboia Lima, in Alberto Torres e sua obra - pag. 143.

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