Cartas ao irmão

aumentar o templo para a glória de Deus e para a doutrinação do rebanho.

Nas atas da Irmandade, nota-se, a cada passo, a preocupação de erguer-se um templo formoso, e de nele se fixar, em dura e trabalhada cantaria, a alma do crente e suas origens de fé.

Em 1749 resolveu a Irmandade que fosse intimado o mestre Simão Vaz Portugal a continuar as obras, já encetadas, da matriz, ou delas desistir, pois a igreja ameaçava desabar.

É provável que mestre Simão Vaz Portugal não estivesse pela continuação de sua traça ou dela desistisse, ou mesmo que a não pudesse levar a termo. O que é certo, entretanto, é que ao filho de André de Oliveira Raio, o de nome José da Costa de Oliveira, então mais uma vez provedor da matriz, foi cometido o encargo da reconstrução e da feitura do adro.

E foi assim que se rasgou, com mão firme, a terra que recebeu os alicerces da Igreja Matriz sob a invocação de N. S. da Conceição do Campo Alegre dos Carijós, com sua portada principal para o norte e o cruzeiro voltado para o sul. A força de radicação do homem acabaria por coroar o perfil da famosa colina com as linhas harmoniosas do templo de suave e majestoso aspecto, com duas torres apontando para os céus serranos, e que ainda hoje guarda fidelidade ao risco fielmente executado.

JOSÉ DA COSTA DE OLIVEIRA

Reinol como o pai, André de Oliveira Raio, José da Costa de Oliveira, natural da freguesia de São Vítor, da cidade de Braga, descendia, pelo lado materno, de D. Maria Antônio da Costa Oliveira, também de boa cepa lusitana. Homem de ofício, como o pai, dedicou-se à arquitetura e nela se fez conceituado mestre.

Constituiu aqui seu lar e ligou-se, por matrimônio, a D. Leonor Pereira de Jesus, natural da freguesia de Carijós e filha do sargento-mor Alexandre Pereira de Araújo, braguense de São Salvador de Barbeta, e da pernambucana D. Maria Josefa de Jesus, natural da freguesia de Corpo Santo. Desse consórcio houve José da Costa de Oliveira 11 filhos, e deles,

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