o outro responde, como um eco:
Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava
Espera um pouco! deixa que anoiteça.
— E ela abria-me os braços. E eu ficava.
Mas a melhor vingança foi esta. Castro Alves, no começo da vida, desde os 16 anos, que achara a sua vocação de poeta social, e embora fazendo formosos poemas líricos, pretendeu e conseguiu ser o que queria em prol da Abolição e da República: "um bom soldado pela causa de redenção da humanidade". Olavo Bilac, ao fim da sua vida de poeta laureado, querido e aplaudido autor dos mais sinceros e sensuais poemas líricos que a nossa quente natureza de latinos e tropicais pode inspirar, não se contentou com isso, e imitou a Castro Alves, tomando pelo rumo de uma grande causa social, a Defesa Nacional, com o que, do norte ao sul do país, "urrou" apóstrofes sublimes, estimulou entusiasmos grandiosos e moveu à gratidão e à admiração do Brasil inteiro, que o estremece hoje como grande poeta, que foi grande patriota. Foi reconciliação tácita com Castro Alves seguir-lhe o exemplo, esse que os irmanou no mesmo apostolado, esse que aos artistas, sibaritas da cultura e do gosto transfigura em profetas e heróis das eternas causas