Colom
Francisco Puigdomeneck Colom, ou simplesmente, F. P. Colom, viveu longos anos no Brasil.
Nascido em Barcelona (Espanha), em 1868, estudou na Academia de Belas Artes local, revelando-se aquarelista e decorador primoroso. Com apenas 22 anos deu para viajar, a fim de conhecer novas terras e novas paisagens.
Chegou aqui e pelo gênero da sua arte, não trabalhou como desejava. Era, porém, artista e não tardou que os seus méritos fossem reconhecidos. Impôs-se na decoração, sendo sua a da Cavé, no Largo da Carioca, a do Café do Rio e de várias residências.
Expondo no Salão, onde obteve a pequena medalha de prata, em 1918, apresentou trabalhos admiráveis em aquarela e pastel. Bom desenhador, excelente colorista, de traço firme e boa técnica, Colom executava a água-tinta com rara mestria e sensibilidade. Na exposição que realizou na Associação dos Empregados no Comércio reafirmou todas as suas qualidades artísticas, apresentando cento e tantos trabalhos nos quais encantavam aspectos não só da sua pátria, notadamente de Mallorca, Mon-sat e Cadaqués, como do Rio: Morro de São Carlos, Nuvens no Corcovado, Mangueiras, Dois Irmãos, Fazenda do Andaraí, Praia Funda, Lagoa Rodrigo de Freitas, além de flores e frutos.
Prologando-lhe o catálogo, Alejo de Togares achava que ele saía da vulgaridade dos aquarelistas que