Pequena história das artes plásticas no Brasil

Passado um ano, Paulo Gagarin expunha no hall da Associação dos Empregados no Comércio, não apresentando obra pouco acima da vulgaridade. Prometia.

Fazendo-se pintor, Paulo Gagarin procurou a natureza, percorreu cidades, adaptou a visão ao ambiente e tem revelado que o contato com as coisas nem sempre é inútil. Progride. Pinta com largueza e possui orientação muito pessoal, tudo que realiza sendo obra de persistente esforço e de uma teimosa procura de si mesmo na arte. É dele próprio o depoimento: "Vim por simpatia pela terra. Aqui fiquei. A sociedade me recebeu com carinho. Senti bem, naturalizei-me brasileiro. Precisava, porém, trabalhar. E foi esta necessidade que me levou a fazer-me artista. Sou, porém, pintor devido ao céu do Brasil, ao seu sol, às suas cores. Foram os aspectos fantásticos da terra brasileira, que me despertaram o sentimento da pintura".

Nas exposições que já realizou mostrou conhecer boa parte do nosso país, que é agora também seu. Figura no Salão e faz exposições individuais. Paisagista, sua feição é para a pintura decorativa, de que nos tem dado suficientes amostras.

Paulo Gagarin integrou-se plenamente no meio artístico brasileiro. E é um vitorioso.

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