Pequena história das artes plásticas no Brasil

Meinhard Jacoby

Escondidamente, entre as antiguidades de uma Galeria Erslinger que existiu à rua Almirante Barroso, em 1924 expunha o pintor austríaco Meinhard Jacoby. Discípulo de Jean Paul Laurens, Benjamin Constant e P. Hockens, o expositor evidenciava inteiro conhecimento da sua arte, forte e admiravelmente vívida, apresentando trabalhos a óleo, sanguínea, têmpera e água-forte.

Na Erslinger deixou ver que a natureza do Brasil o deslumbrara, ressurgindo da sua palheta esplendidamente radiante e sentida. Era de notar-se a precisão, a justeza, o pitoresco e a poesia, com que o magnífico artista interpretava a nossa natureza e os nossos costumes, destacando-se os quadros Roça de café, Corte de cana, Bananeiras, Vista sobre São Cristóvão, Bambu e outros. No retrato, Meinhard Jacoby era de extraordinária mestria, confirmada depois no Salão, quando apresentou os do Sr. Julio Arp, do General Vidal e do ministro da Suíça e na Galeria Jorge, fixando os ministros André Cavalcanti, Pires e Albuquerque e Hermenegildo de Barros e Evaristo de Moraes.

No salão de 1924, Meinhard Jacoby conquistava a grande medalha de prata e, no ano seguinte, a pequena medalha de ouro. Trata-se de um reputado artista, de uma individualidade de reconhecidos méritos. Depois de certa atividade e de admirações merecidamente

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