Em 19 de abril de 1938, faleceu o professor João Ludovico Maria Berna, catedrático jubilado da Escola Nacional de Belas Artes e decano dos arquitetos brasileiros. Nascido no Rio em 1862, filho do escultor da Casa Imperial, José Berna, foi discípulo de Bethencourt da Silva e obteve o prêmio de viagem à Europa, após concurso, em 1887. O maior prêmio da Academia obteve-o com o projeto do Palácio do Fórum, que se não executou. Lecionou também no Liceu de Artes e Ofícios e militou na imprensa. Coube-lhe a satisfação de construir em 1900, o mais alto edifício da cidade, o do "Jornal do Brasil", empregando, pela primeira vez, o cimento armado, pelo que mereceu remoques e elogios.
Depois de entregues à Companhia Editora Nacional os originais deste livro, perderam as artes plásticas os artistas seguintes, que nele figuram: o laureado escultor Antonino de Mattos, 7 de dezembro de 1938; em 4 de julho de 1940, Benevenuto Berna, filho do escultor italiano José Berna que veio ao Brasil em 1874, nascido nesta cidade, na antiga rua da Ajuda, em 1868 e decano dos nossos escultores; em Nápoles, a 11 de janeiro de 1939, o jovem pintor paulista Antonio de Padua Dutra, nascido em 1916, pensionista do Conselho de Orientação Artística de S. Paulo e em cuja memória o Salão Paulista de Belas Artes de 1939 expôs: Minha mãe, Menina de sítio, Desconfiada, Natureza morta, Rosinha improvisada (água-forte), Igreja do Espírito Santo (Florença) e Ponte vecchio (Florença); o professor Lucilio de Albuquerque, em 19 de abril de 1939, deixando uma obra fulgurante e considerável; José de Carvalho Del Vecchio, pincelista consciencioso, em 31 de julho de 1940 e em 3 de agosto de 1940, o pintor Giuseppe Gargalhone, italiano, radicado há longos anos em nosso país.