Caminhos e fronteiras

do bronze, dobrando-se, ajustando-se, amoldando-se a todas as asperezas do meio.

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As palavras acima, transcritas de outra obra do autor(1) Nota do Autor bem poderiam servir de introdução ao presente estudo. Já no prefácio àquela obra fora assinalado o intento, que presidira à sua própria elaboração, de incluí-la em quadro mais amplo, onde se apresentariam certos aspetos significativos da implantação em terra brasileira de uma civilização adventícia: aqueles aspetos, sobretudo, em que, situada perante contingências de um meio muitas vezes adverso ao seu desenvolvimento, essa civilização deveu assimilar e provocar novas modalidades de convívio.

O fato é que aquela obra fora, não só pensada mas redigida, em sua versão inicial e ainda sumária, juntamente com os capítulos que formam a primeira seção do atual volume. Entretanto uma consideração mais atenta mostrou que o plano, onde se previa a extensão do texto desses mesmos capítulos, fundada em novas e aturadas pesquisas, de modo que o trabalho sobre as monções de povoado, com a amplitude que já então se pretendia dar-lhe e que, afinal, veio a alcançar até certo ponto, representava apenas parte mínima de um todo orgânico, era praticamente inviável. Para chegar a bom termo, tal como fora concebido, esse plano requereria, talvez, mais do que uma vida humana.

Seu abandono não impediu, todavia, a publicação parcial ou total dos capítulos já redigidos, sem grandes alterações. Antes mesmo de iniciadas as pesquisas suplementares acerca das monções paulistas, imprimiu-se em parte, na Revista do Brasil, 3ª fase, então publicada no Rio de janeiro sob a direção de Octavio Tarquinio de Souza, o texto correspondente aos primeiros capítulos do presente volume. Na revista Província de São Pedro, de Porto Alegre, saiu também a maior parte do capítulo aqui intitulado

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