A primeira compreende os itinerantes que percorrem o continente em confortáveis transatlânticos, passando de um grande porto de mar a outro, fazendo uma vez ou outra curtas excursões por via férrea até alguma grande cidade interior, não muito distante do litoral. São excursões que devem ser realizadas por todos os homens e mulheres inteligentes que as possam custear, e estão sendo feitas por tais pessoas com intensidade crescente. Não envolvem dificuldades superiores a uma viagem pelo Mediterrâneo, tal como aquela que Mark Twain imortalizou.
É uma excursão que para observadores cultos e de vistas largas oferece as mesmas oportunidades para aquisições de conhecimentos, que encontram numa viagem de igual extensão pelas maiores cidades da Europa ou da Norte América; e se o viajante for dotado de aptidões literárias, terá as mesmas oportunidades de transmitir a outrem os conhecimentos adquiridos.
O melhor exemplo do uso excelente que um observador dessa espécie pode fazer de sua experiência pessoal, é provavelmente constituído pelo livro do sr. Bryce. É evidente que numa viagem dessa categoria é, em essência, o mesmo que ir de via férrea de Atlanta a Calgary, ou de Madrid a Moscou.
A segunda categoria abrange os viajantes que percorrem as regiões de há muito povoadas do interior, e as cidades coloniais, por terra ou pelos rios frequentados, regiões há séculos conhecidas, mas que ainda oferecem aspectos de rusticidade em hospedarias primitivas e meios de transporte obsoletos. Essa espécie de excursões apresenta as mesmas dificuldades que se encontra ao percorrer algumas regiões da Espanha, do sul da Itália ou dos países balcânicos.
Os homens e mulheres que tenham pendor para andar por lugares afastados e que, além disso, não se incomodem