conseguindo, graças à força dos braços dos nossos camaradas, evitar que se despedaçassem de encontro aos rochedos.
No dia 27 tivemos trabalho semelhante, embora um pouco menos penoso, para vencer a cachoeira dos Mares. O leito do Tocantins era aí obstruído por muitos baixios e corredeiras, mas conservava a sua largura habitual. Tinha acabado de atravessar, em coleios, uma cadeia de montes, prolongamento da Serra do Lageado. Os braços desta cadeia acompanham o rio à direita e à esquerda, no percurso de mais de duas léguas. A parte que fica a leste avança até a margem mesma do rio, ao passo que a de oeste é muito mais quebrada. Toda esta cadeia é formada de grés superposto ao granito, que nas cachoeiras aparece a descoberto. Quanto ao grés, parece ter ele formado, numa época muito remota, um platô, mais tarde desmantelado por algum cataclismo. Todos os pontos culminantes se acham no mesmo plano horizontal. No trecho final da jornada deste dia observamos que as barrancas do rio se compunham de uma variedade de grés, de aspecto muito próximo do itacolumito. Tão intenso era o calor que mal podíamos conservar os pés sobre as rochas. Além disso, fizeram-nos sofrer bastante as picadas dos himenópteros.
No dia 28 fizemos seis léguas. O trecho do rio por onde navegávamos era livre, não obstante a existência de algumas corredeiras de pequena importância. Ladeavam-no quase sempre, à direita e à esquerda, morros de grés, dispostos em série. Ademais, só no leito do rio o granito aparecia descoberto, sendo de grés todas as pedras soltas que nele encontrávamos.
A 29, embora fosse rápida a nossa marcha, muito me preocupava o esgotamento progressivo das nossas provisões, já quase no fim. Por felicidade, porém, foram mortas cinco capivaras, voltando a abundância desejada. Fizemos