CAPÍTULO I

PARTIDA DE FRANÇA — GORÉE — RIO DE JANEIRO

Partimos de Paris a 22 de abril de 1842 e, depois de havermos estacionado em Bennes, chegamos a Brest, na manhã de 25; os dias seguintes foram aproveitados em percorrer a cidade e seus arredores. Visitamos, sucessivamente o presídio, o castelo, o hospital da marinha e o jardim botânico. Este jardim, como também o Museu de História Natural, contém muito pouca coisa; é cuidado apenas por forçados, entre os quais havia um negro condenado a ferros, por ter querido libertar um escravo da Martinica e transportá-lo para uma colônia inglesa.

A vegetação mostrava-se ainda pouco desenvolvida; entretanto, os rochedos dominados pela fortaleza estavam cobertos de uma grande umbelífera de flores amarelas. O botânico da expedição encontrou também ali o Cotyledon umbilicus, cujas pequenas corolas verdoengas começavam a desabrochar.

Desde nossa chegada a Brest, onde estivemos, conforme as instruções do governo, à disposição do sr. Almirante Grivel, Prefeito Marítimo, ocupamo-nos com o embarque do material da expedição no brigue de guerra "Dupetit-Thovars", o qual nos deveria conduzir ao Brasil. Comandava esse navio o Capitão de Corveta da Grandière que,