que se dirigem para Mariana, senão também como recanto aprazível para convescotes dos habitantes de Vila Rica(250). Nota do Tradutor
Embora o lugarejo do Morro da Água Quente tenha aparência miserável, nas suas vizinhanças moram ainda abastados proprietários de ricas lavras de ouro, entre os quais podem ser citados o Padre José Vieira da Silva e D. Maria Tereza Bárbara que, em 1814, trabalhavam com quarenta e oito escravos e produziram quatorze mil e quarenta oitavas, isto é, trezentos e trinta e seis mil réis por escravo, o que corresponde a quase o dobro do valor de cada um.
Em duas outras lavras, de menor importância, trabalham quarenta e seis escravos e oitenta e cinco faiscadores, que vivem das sobras dos primeiros(251). Nota do Tradutor
Um pouco além de Água Quente, à esquerda do morro, encontram-se as lavras do Capitão-Mor Inocêncio Vieira da Silva. Um morro devastado pelos serviços de exploração, realizados no itabirito, assinala ao longe o local dessa lavra, que empregava, em 1814, sessenta e quatro escravos, com uma produção de duas mil cento e doze oitavas.
O ouro se encontra geralmente no itabirito, cujas camadas mergulham quase verticalmente e se dirigem para a 1ª hora. Apresenta-se às vezes tão intimamente associado à rocha em forma de leitos e cristalizado, que só ocorre em folhetas, associadas à especularita.
Na mesma encosta existem, ainda, mais seis lavras, que dão emprego a sessenta e nove escravos.