Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 2

as proximidades da Serra Velha de Cocais, onde se localizam as lavras do Coronel Antonio Caetano Pinto Coelho e de seu irmão Capitão-Mor Felicio(255). Nota do Tradutor

Ali trabalhavam oitenta escravos em 1812, quando as visitei pela primeira vez. As lavras do Coronel Pinto Coelho produziram trinta mil cruzados, depois de haverem fornecido mais de cinquenta mil, anos antes. Em 1812, já em declínio, deram apenas vinte e quatro mil oitavas. Em 1818, ao contrário das de propriedade do Capitão-Mor, que de novo floresciam, a produção foi insignificante.

O Coronel sempre trabalhou por meio de galerias e de poços, enquanto o Capitão-Mor o fazia a céu aberto.

Considerando-se a natureza dos trabalhos encetados pelo primeiro, conclui-se que, caso não se encontrasse uma rica formação, as mais pobres não poderiam compensar o trabalho, o tempo e as despesas feitas.

Antes de descrever minuciosamente esses trabalhos, devo apresentar uma curta descrição da serra e de suas formações. Ela possui, como já foi dito, o nome de Serra Velha e pertence à grande Cordilheira do Espinhaço.

Tem direção na 2ª hora, assim como suas camadas, que mergulham 45 a 55° SE. Se observarmos, do ponto mais elevado, a sua continuação, perceberemos perfeitamente a linha da formação aurífera, que se estende por várias milhas, até Itabira do Mato Dentro. Isto nos faz admitir a existência de muito ouro nos pontos intermediários, não pesquisados ainda até hoje.

A serra eleva-se suavemente para SE até atingir, no ponto mais elevado, a altitude de três mil pés. Em direção NW desce rapidamente cerca de mil pés

Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 2 - Página 27 - Thumb Visualização
Formato
Texto