Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 2

É pena que desta tabela não conste, em separado, o número de escravos existentes. Naquele tempo, porém, o número de negros forros era insignificante, e a sexta parte dos mulatos se compunha de escravos, de acordo com a Tabela de 1821.

Assim, teríamos aproximadamente 180 mil escravos, como atualmente. Portanto, a população escrava permaneceu mais ou menos constante, ao passo que a dos homens livres cresceu de cerca de 52.900 almas, de 1742 a 1776.

Compare-se agora a Tabela mais recente com a de 1776, em que o número de escravos já se encontra diminuído. Verifica-se ainda um considerável aumento da população livre, não inferior de 194.339 almas, para o período de 42 anos.

Esse aumento de população em proporção crescente todos os anos, no decurso de 20 anos se elevará, segundo cálculos exatos, a 125.260 almas. Isso corresponde, mais ou menos, ao número de escravos que seriam importados no decorrer do mesmo período.

Durante esse mesmo prazo, dois terços, ou melhor, 121.254 escravos, já teriam deixado de existir.

O claro por eles deixado, entretanto, seria preenchido pelo acréscimo de uma população que, aos poucos, à medida que a importação fosse diminuindo vagarosamente, se iria acostumando ao trabalho, sobretudo se fosse auxiliada com a introdução de colonos estrangeiros, com os quais pudesse aprender(563). Nota do Tradutor

Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 2 - Página 458 - Thumb Visualização
Formato
Texto