Ensaios de geografia linguística

em 1204, ganhou privilégios comerciais nos estados dos seus novos senhores e a vantagem rara de viver de sua vida própria. Montpellier foi um centro de grande cultura das ciências náuticas e astronômicas.

Marselha rivalizou com os demais como um dos centros marítimos mais notáveis do Mediterrâneo e, assim pesou principalmente na época a que remonta parte deste estudo, quando, livre do último conde da Provença, adquiria pela frequência dos cruzados maior importância caracterizada pela existência de seus grandes armadores de frota, que aí enriqueciam.

Depois de 1200, os marselheses comerciaram largamente pelo Mediterrâneo, levando como carga desejada o pano de Douai e a étamine de Arras aos portos da Europa.

Não convém entretanto esquecer que os primeiros Almirantes da França foram dois genoveses, Hugue Lercari e Jacques du Levant, e que, falando sobre a Marinha Francesa, seu historiador erudito afirmará: - Ela enriqueceu seu vocabulário com termos exóticos e sobre um fundo linguístico de origem nórdica, embelecido de ornatos italianos ou provençais: o microcosmo onde começa esta evolução é o Clos des Galées de Rouen. Mas este mesmo centro de formação da marinha normanda sofrerá, ao correr do tempo, a influência de Gênova, Marselha, Aigues Mortes, Narbonne, pois destes portos recebia, ao ter que construir ou reparar barcas ou galeras, mestres de machado, remolares e calafates. Outro tanto faria o pequeno Portugal de 1439 a 1441, enviando aos estados do duque de Borgonha grande número de carpinteiros e calafates portugueses, destinados a auxiliarem a construção de duas grandes naus em Anvers e Heuberghe lez Amiens.(20)Nota do Autor

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