veículo mais cômodo. De Sergipe temos a seguinte informação do Cel. Gonçalo Rollemberg do Prado, Prefeito de Maruim, em carta de 20 de julho de 1942: "Nos lugares mais afastados da capital, os pequenos proprietários ainda usam o carro de bois para transporte de suas famílias para missas, festas e casamentos; para esse fim levantam um toldo com arcos de cipó sustidos nos fueiros, cobrindo-o com esteiras de periperi e na mesa áspera e dura estendem um colchão para torná-la macia."
As informações do Espírito Santo e do Rio de Janeiro noticiam a sua permanência neste mister(3) Nota do Autor.
Alberto Lamego Filho informa: "Quando os carros são usados em viagens de família são forrados com esteiras ou colchões e toldados de pano ou couro, dizendo-se neste caso encourados. Ao longo dos areais da restinga costeira campista e sanjuanense, as viagens são comuns, quando as famílias vão veranear à beira-mar. Para a barra do Açu é o único meio de transporte além do cavalo. De primeiro, certas fazendas tinham carroções com toldo de madeira e eixo fixo de ferro, apropriados para os transportes de pessoas." E de Itaperuna, próspero município cafeeiro, comunicaram-nos que o carro de bois é sempre utilizado nas estradas onde não passa o auto ou a charrete, e no tempo das chuvas por causa dos lamaçais.
Em São Paulo ainda se usa, embora excepcionalmente, quando não há rodovias ou quando os caminhos não permitem o trânsito de outros veículos.
Desempenhando grande papel na colonização do norte do Paraná, pois é sabido que muitas famílias mineiras e paulistas para ali se transferiram viajando em carros puxados por bovinos, hoje se restringe a algumas zonas rurais.
Mais frequentes são tais transportes em alguns municípios de Santa Catarina: não é raro, sobretudo no litoral, encontrar-se carros de bois conduzindo famílias de lavradores e colonos, em passeios, festas e mudanças.
Do Rio Grande do Sul disse-nos LUÍS CARLOS DE MORAIS: "Se já passou, por dizê-lo, a época das carretilhas, ainda hoje, a despeito dos progressos realizados, a carreta não deixa de ser empregada em certas partes do estado, principalmente em mudanças, quando se veem três e quatro carretas, conduzindo móveis, objetos e pessoas, ou nas longas viagens dos carreteiros profissionais através da campanha ou da região missioneira."