Ciclo do carro de bois no Brasil

[Ver ilustração no original.]

de um "casamento na roça", na província do Rio de Janeiro, escreve os seguintes tópicos: "Nisso o noivo, a cavalo, os padrinhos e a comitiva de cavaleiros, que se achavam a seus postos, se aproximaram, dando sinal aquele a um carro de bois com toldo e esteira coberta de chita, que chegasse, para que embarcassem a noiva e as madrinhas, as primas e convidados, evitando destarte a demora do padre na igreja, que os aguardava à hora certa. Eh! boi! E o carro, rangendo nos eixos, parava à porta: e quando a noiva subia em um banco para entrar, das janelas abertas entornavam-lhe sobre a fronte salvas de flores, ao que o noivo e os cavaleiros saudavam tirando o chapéu, empinando os cavalos e seguindo o carro." "Depois de casados, como é comum, a noiva ressabiada dava o braço ao noivo que a conduzia ao carro, e o préstito, na ordem estabelecida, regressava, chegando a casa ao escurecer."

Tais costumes não se cifravam à província fluminense: eram de todo o país.

Manuel Rodrigues de Melo cita a informação que lhe deu o desembargador Manuel Xavier da Cunha Montenegro a respeito do casamento, no Rio Grande do Norte, de seu irmão Dr. Francisco Xavier Soares Montenegro que fizera o percurso do Engenho "Conceição da Mata", em Touros, até a povoação de Pureza, em quatro

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