Durante quase um mês, depois deste incidente, os índios não mais apareceram, certamente receosos de serem mal recebidos; até que a 18 de agosto surgiram na roça, conforme se lê no relatório:
"Antes que me chamassem, apanhei várias ferramentas, já das que V. S. mandara, a meu pedido, e acompanhado do Dr. Moritz, 5 civis e uma praça, fui levar-lhes esses brindes.
Desde o começo notei que era diferente a atitude deles, pois que se espalhavam pela roça e não se mostravam receosos com a nossa aproximação; coloquei então os brindes mais para o nosso lado e antes que eu tivesse retrocedido uns 30 metros, vi-os apoderarem-se das ferramentas, deixando em seu lugar muitas flechas e arcos.
Mandei levar mais ferramentas pelo soldado Alves e observei que se afastavam do local à proporção que a praça deles se aproximava, mas que recuavam lentamente, sempre a olhar-nos com atenção. Quando Alves, de volta, tinha andado uns 20 metros, os índios foram buscar os nossos brindes por ele levados.
À vista disso, resolveu-se o cacique a aproximar-se e, com todo o entusiasmo e desembaraço, veio até onde estávamos, dirigindo-me amistosamente a palavra; abracei-o e ele me fez então presente de uma cabaça contendo folhas secas picadas".
Depois de longa conversa, em que, como em todos os casos idênticos, a mímica representava o papel mais importante, de língua diplomática e internacional, pediu Severiano ao cacique para que chamasse os outros índios, no que foi logo atendido, pois vieram a sua presença mais 9 índios.
Severiano mandou trazer as roupas que tinha em depósito e ele próprio vestiu os índios, a começar pelo cacique a quem enfeitou com colares de miçangas, pulseiras, brincos, etc.; ao último índio, que era um homenzarrão, tocou nessa distribuição... uma camisa de mulher, tais os parcos