de corrigir os erros e as lacunas de que se ressentiam as nossas cartas geográficas, quanto àquela zona, parte da qual figurava como "desconhecida" na cartografia que antecede aos trabalhos da Comissão Rondon.
O tenente-coronel Amilcar, cuja brilhante colaboração se inicia hoje no "Diário de Notícias", tomou parte em alguns desses trabalhos, desde 1908 até 1914, colaborando nos que tiveram por fim levantar os rios Jaci-Paraná, Comemoração de Floriano e Ji-Paraná, assim como serviu ao lado de Rondon no decorrer da Expedição Roosevelt, que varou o sertão brasileiro de Mato Grosso ao Amazonas. Após esses trabalhos de campo, chefiou o Escritório Central da Comissão Rondon, no Rio de Janeiro, no período de 1914 a 1922.
De modo que a sua autoridade é indiscutível no assunto, pelo que há de proporcionar, por certo, aos nossos leitores, a oportunidade de conhecerem, em resumo, o que tem realizado a Comissão Rondon nestes quatro lustros de pertinaz e profícuo labor, através de mil dificuldades e inúmeros perigos.
A primeira série de artigos abrangerá, em capítulos sucessivos (I a VI), as seis expedições realizadas para o estudo da bacia do Tapajós."
Por outro lado, no "Correio do Povo", iniciei a minha colaboração com o seguinte artigo, em que explicava os meus objetivos e resumia, numa espécie de "plataforma", qual a orientação que a presidia:
Em que pese ao ponto de vista exclusivamente profissional de quem é militar, considero uma fase gloriosa de minha vida aquela em que servi sob as ordens de Rondon, acampando pelos sertões de Mato Grosso. E tal serviço me criou n'alma brasileira uma quase obcecação por aqueles trabalhos, onde, a par de um sadio patriotismo e amor ao dever, se aprendia a noção, quase singular em nosso meio, de aproveitar todo o tempo disponível (e algumas vezes o indisponível, com sacrifício das horas de repouso e