Na Rondônia Ocidental

O aterrado da Mangueira fica à margem direita do Paraguai. Está agora ocupado por caçadores de capivara, que ali pretendem fixar-se. O porto já tem uns degraus cortados no barranco argiloso, uma pequena roça de milho e uns ranchinhos provisórios de caçadores. Numa barraca, estava um casal ainda jovem — um caçador doente, atacado de soluço, assistido pela mulher.

Cerca de 50m do rio, ergue-se o aterrado dos guatós. Não tem mais de 15m, no cume, acima do nível das águas (estamos ainda na estação da seca). Um sistema de valas, que canaliza as águas, na enchente, protege o aterrado, impedindo o desmoronamento — rudimentar engenharia em abono à inteligência dos guatós.

No alto do aterrado está uma cruz de madeira, singela, mas trabalhada por carpinteiro, marcando uma velha sepultura. Resíduos de velas recentes, nos braços da pobre cruz. Ao lado desta, outra sepultura ainda mais antiga, talvez de um guató, deixa entrever pedaços de vasos de barro cozido. Uma grande mangueira, que deve ser secular, laranjeiras,

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