Na Rondônia Ocidental

ateiras, um pequeno bananal, uacurizeiros e outras árvores cobrem o cimo do outeiro artificial. Do lado oposto ao rio, uma vazante povoada de garças assustadiças.

4 de janeiro (1937). Passamos à noite pelo porto do Capitão Fernando. Hoje, é um acampamento de caçadores de capivaras. Foi, outrora, uma aldeia de guatós. Ainda se vê o aterrado em que se erguiam as casas.

Capitão Fernando era um chefe guató. Morreu muito velho, tendo se tornado popular entre os embarcadiços e viajantes do Rio Paraguai. Conhecia o General Rondon, por quem perguntava sempre aos visitantes de sua aldeia. Indagava também da política e das autoridades do Estado e da República. No mando da tribo, era o sucessor do pai, de quem herdara também o nome — Capitão Fernando.

Em 1919, sobreveio a gripe espanhola, que dizimou a população indígena do Pantanal e quase extinguiu o povo do Capitão Fernando. Os sobreviventes se dispersaram pelas fazendas vizinhas. Por fim, o velho capitão foi morto

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