RIO SÃO FRANCISCO — RIO SEM HISTÓRIA
A Theodoro Sampaio
Conferência realizada (29-VI-1923) na Sociedade de Geografia do Rio da Janeiro, acompanhada de projeções de vistas tomadas no trecho Pirapora-Juazeiro.
"Certamente, a força centrípeta da realeza revigorada com a vinda inopinada de João VI e 15 mil acompanhantes; reforçada pelo gênio do egrégio patriarca, domando o ânimo varonil de Pedro I; refundida pela energia aspérrima de Diogo Feijó, no momento talvez mais crítico de nossa história, e revigorada depois pela inteligência culta de Pedro II servida pelo braço firme de Caxias e orientada pela visão política de Itaboraí, Paraná, Nabuco e o primeiro Rio Branco; certamente, dizia, foi inestimável a ação do trono na tessitura de nossa unidade política, reagindo aos regionalismos cósmicos veementes, e contrabalançando com firmeza o federalismo em seus arroubos insulados mas violentos".
"Porém, quanto mais reflexiono, mais acredito que de nada teria valido aquela força de centralização coesiva se não tivesse o trono representado a sua função histórica, movimentando-se num tablado geográfico formidável, dentro do qual fora feita a união dos