À margem da História do Brasil

e de onde traria aquela descrição viva e soberba do Purus, como rio em plena "infância", e do vultoso Amazonas na luta veementíssima contra a própria terra das margens baixíssimas de contínuo soladas. "Não há fixar, sob o aspecto topográfico, em linhas definitivas. De seis em seis meses, cada enchente que passa é uma esponja molhada sobre um desenho mal feito: apaga, modifica ou transforma os traços mais salientes e firmes, como se no quadro de suas planuras desmedidas andasse o pincel irrequieto de um sobre-humano artista incontestável" (E. da Cunha, Pref. ao Inferno Verde).

"Afinal de contas, a "terra caída" bem pode ser a definição do Amazonas. Por vezes, no seu terreno aluvial tudo repentinamente cavila e se afunda, mas se reconstitui aos poucos. Cai a terra aqui, acolá a terra se acresce. De sorte que, quando o mesmo solo naufraga, só essa alma flutua, salva na arca do próprio peito, onde uma grande esperança volta sempre, mal cessa o cataclismo, que arrasta o caboclo, poupando-o" (Alberto Rangel).

Mas não é tudo: continua ainda a mutação do quadro vasto. Passam ao extremo oposto as condições do sistema hdrográfico nordestino, depois da zona de transição, por si mesmo interessante, das terras do Maranhão. Água demais no tremedal, transformando terras baixas em mares