interiores: desculpável ainda na obra de relato interessantíssimo de Antonil, apesar das referências ao "rio dos currais", ou em Rocha Pitta, no destemor de suas fantasias; ele começa a avultar na obra opulenta de Southey, tão arguto na descoberta da trama de nossa história. Assombra, porém, posteriormente, pelo silêncio estéril, em Varnhagen, Pereira da Silva, Mello Moraes e Joaquim Nabuco, reproduzindo a ausência da função histórica daquele grande vale que não haviam vislumbrado Eschwege, Martius, Saint-Hilaire e Armitage, tão operosos na tessitura inicial de nossa história. Assombra, ainda mais tarde, em Elysée Réclus, no descaso com que falou do vale, sem perceber a sua função unificadora central, o mesmo autor, precisamente, que tão grande cornucópia de observações sagazes espalhou entre nós naquele estudo largo e memorável em que tratou de nossa terra e de nossas gentes.
Reduzida, pois, a uma simples frase na obra inicial de Capistrano de Abreu ("Condensador de gente"), e a uma passagem singela, posteriormente, na síntese histórica notável de João Ribeiro, quando falou do "grande caminho interior da civilização brasileira", as reflexões sobre a função histórica do Rio São Francisco ficaram nulas até o limiar de nosso século, quando Euclydes da Cunha, retornando a afirmação, recentíssima então, do segundo daqueles historiadores