de Paraná. Em plena sessão do tribunal do Tesouro, Sales Torres Homem, conselheiro desse tribunal e diretor de rendas, tomou da palavra, colérico, e disse estranhar várias nomeações de empregados para sua diretoria, sem ser ele ouvido, pois era o mais habilitado para dar informações. Cotegipe, que presidia a sessão, perguntou a quem se dirigia, sendo-lhe respondido que a ele, Cotegipe. O ministro da Fazenda então replicou que fizera muito mal de escolher aquela sessão para fazer suas observações, e muito mais por aquela forma, com acrimônia e falta de respeito; isso estranhava ele, Wanderley. Retorquiu Sales Torres Homem sobre a palavra estranhar, empregada por Wanderley, ao que este disse empregá-la como seu superior. Sales Torres Homem tornou a dizer que rejeitava a estranheza, e o ministro, pondo termo à questão que visava um desforço pessoal, calou-se, para relatar o fato a Caxias, então presidente do conselho, e propor a demissão de Sales Torres Homem ou a dele, Wanderley, pois não podia servir com aquele empregado. Sales Torres Homem foi logo procurar o Imperador, que pediu, pela carta aqui anotada, informações. Wanderley as deu por carta narrando o fato. Caxias procurou o Imperador, que não hesitou em demitir Sales Torres Homem, permanecendo Wanderley no Ministério.