Cartas do Imperador Pedro II ao Barão de Cotegipe

Snr. Cotegipe

Muito me incomoda a demora das operações, que aliás há de ter sido motivada. Esperava que o Exército se achasse a 28 em Assunção.

Foi o "Marcílio Dias" ou o "Gerente" que trouxe os ofícios? Anunciam o "Presidente". Que notícias há do monitorzinho "Sta. Catarina"?

D. Pedro II

13 de outubro de 1868

A ansiedade pela precipitação dos combates e consequente fim da campanha tomava então todos os espíritos.

Em data de 30 de outubro de 1868 escrevia Cotegipe a Inhaúma:

"Acuso o recebimento de sua prezada carta de 12 do corrente ainda datada de Palmas, quando já a esperava de Assunção, prova de que não há cálculos prováveis para a guerra feita nesse país desconhecido. Segundo as informações e planos parece-me que a posição ocupada pelo inimigo é inatacável de frente, procurando-se por isso flanqueá-lo pela sua direita. A operação é difícil e arriscada, tendo-se de atravessar duas vezes um caudaloso rio, e a segunda provavelmente encontrando-se o inimigo preparado a receber-nos.

Não podemos, porém, ficar imóveis, e é natural que os mestres d'arte superem todos os obstáculos, e descarreguem o derradeiro golpe na fera que perseguimos. O espírito público está de tal sorte ansioso pela conclusão desta guerra, que ao menor embaraço cai numa espécie de prostração, que deve merecer-nos atenção. Calcule V.Ex.ª por aí, qual será a nossa

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