Cartas do Imperador Pedro II ao Barão de Cotegipe

se este acha-se tão baixo, como subiu o "Lima Barros" de tanto calado?

Creio que há conveniência em publicar algumas das comunicações.

D. Pedro II

26 de outubro de 1868

Várias nações mandaram navios de guerra para o Paraguai, alguns dos quais prestaram serviços a Lopes. As canhoneiras italianas "Ardita" e "Veloce" e a francesa "Decidée" conduziram do Paraguai valores postos por Lopes à disposição da sua amante Lynch. O comandante da canhoneira inglesa "Bacon" prestou úteis serviços a Mac-Mahon, aliado-espião de Lopes.

"As idas e vindas das canhoneiras estrangeiras excedem os limites da tolerância; animam o inimigo, e cobrem a fuga de Lopes, hipótese realizável segundo o que V.Ex.ª diz-me do cônsul francês. Correndo esse negócio pelo comando em chefe, que recebe instruções dos Ministérios dos Estrangeiros e Guerra, nada tenho que dizer a V.Ex.ª, senão que as siga, não tomando sobre si responsabilidade alguma, mas exigindo instruções em caso de dúvida. Na minha opinião o cônsul não tem privilégio diplomático, para que sua residência possa servir de abrigo. Não sucede assim com um navio de guerra, e pois quanto mais longe fique este de Lopes, tanto melhor." (Carta de Cotegipe a Inhaúma, 30 de outubro de 1868.)

Com data de 9 de setembro de 1868, D. Pedro II escrevia a Muritiba: "Snr. Muritiba — A notícia da fugida de Lopes para fora do Paraguai, se não foi a bordo do Wasp, que deixamos passar, será boa notícia, embora não se possa já dar a guerra por concluída, pois a influência de Lopes pode vir ainda durar algum tempo."

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