tivesse o mesmo remate da vossa: uma cadeira do Supremo Tribunal.
Estava, porém, escrito nos Livros Santos que o vosso grande colega não tomaria posse do seu cargo:
"... Et calceati pedes in preparatione Evangelii Pacis"... calçados os pés na preparação do Evangelho da Paz. (São Paulo, Ad Ep. VI 15).
Não sei interpretar os Livros Santos. Nada entendo de letras divinas. Desconheço as lindes em que os cânones confinam os direitos da interpretação ou da exegese.
Mas de há muito que me afiz a beber nas Escrituras, com a sede do estudioso, o enlevo do artista e a devoção do crente. Não vejo emanação mais radiante do mistério divino do que as águas, eternas da sua bacia, azuladas na transparência do seu fundo de granito, ora irradiando a palpitação de uma estrela remota, ora refrangendo a linha quebrada de um raio de tempestade.
Foi ao clarão de um destes fuzis que li a profecia de São Paulo:
"Et calceati pedes in preparatione Evangelii Pacis".
Diante do mistério destas palavras, caídas há mais de dous mil anos do seio da verdade inspirada, como que para definir os dias ocíduos de Ruy Barbosa, quem não estremece, quem se não assombra?
Por que falam os Livros Santos em um homem que se tinha preparado para ir trabalhar no Evangelho