todas as suas reivindicações. E o fantasma do separatismo desapareceu do horizonte gaúcho.
SEPARATISMO
Separatismo, que eu saiba, não existe no Brasil. Evocam-no às vezes, como o único espectro capaz de despertar a consciência dos governos desvairados pelo delírio da opressão, da violência ou da injustiça. Mas o seu papel é imaterial e fugitivo, como o da sombra de Banquo no festim de Macbeth. Esses governos passam como tudo que infringe às leis eternas do Bem. E o sombrio fantasma evanesce-se à claridade matinal da legalidade.
O Separatismo no Brasil é obra dos governos que se não sabem impor a confiança nacional. Ao primeiro arrebol da justiça os seus passageiros arautos sentem em torno de si o vácuo da reprovação ou da indiferença. E o espírito da brasilidade continua como dantes, sem recuos nem tropeços na sua marcha para o futuro.
No Rio Grande seria impossível negar que medrou um separatismo dessa qualidade, mas rápida e fugazmente. A intriga estrangeira procurava manter acesa a flama separatista. Rosas teve durante anos em Porto Alegre, à frente de um jornal, um agente de seu estipêndio: D. Manoel Ruedas. Oribe fazia outro tanto na fronteira. Lavalleja, com o mesmo fito, para lá enviou a mulher, a famosa D. Anna de Monteroso. As lojas maçônicas de todo o Brasil e do Prata, levando às últimas consequências