o pensamento de Miranda, lá desenvolveram a mais intensa das propagandas. O famoso Padre Caldas, maçom de sotaina, como tantos da época, era um agente da política platina.
Todas essas forças concorriam em favor da separação e da República.
A cooperação dos republicanos no movimento contra a Metrópole era uma condição sine qua de triunfo. Os chefes dos Farrapos tinham de resignar-se a aceitar-lhes essa condição ou a serem vencidos. Optaram pelo seu concurso. Mas ressalvando sempre, no íntimo, a integridade do Brasil e o respeito às instituições. Não por convicções monárquicas, muito frouxas nos pagos. Mas pela necessidade de manter a coesão e de não enfraquecer o Império, perenemente ameaçado pelo estrangeiro.
Republicanos ocasionais, os pró-homens de Piratini condicionavam o seu republicanismo à redenção do Rio Grande, salvo um ou outro ideólogo, a quem a superstição política impedia de compreender que naquele momento só o Império poderia, manter a integridade nacional. Vejamos a sua figura central, o lendário Bento Gonçalves. O futuro presidente da República de Piratini era "ainda mais definido do que Bento Manuel pela Monarquia". Quem o atesta, firmando-se nos termos enérgicos e precisos da sua proclamação do Rio Pardo, é João Pinto da Silva, no seu admirável estudo, A Província de São Pedro. Pinto da Silva cita ainda documento mais explícito: uma carta de Bento Gonçalves,