a Salamanca do Jaráo existe. Mas demos de barato que não. Fica o símbolo.
A Salamanca do Jaráo é a alma do Brasil, que o Rio Grande do Sul guarda incorruptivelmente como o maior dos seus tesouros. É ela que inspira os mantenedores da unidade nacional, como Bento Manuel. É ela que inspira os defensores da integridade nacional, como Osorio.
A Salamanca do Jaráo lá está, na velha estância de Bento Manuel. Se algum dia a ameaça estrangeira bater-nos à porta, se algum dia o perigo da secessão alçar o colo, da Salamanca do Jaráo jorrarão, não os talismãs da Moura Encantada, mas legiões e legiões dos mesmos homens que lutaram em Piratini e no Paraguai, dispostos a lutar e a morrer pela eternidade do Brasil.
Nesse, momento - que Deus afaste de nossas cabeças - nesse momento do perigo e do conflito, é que o exemplo de Garibaldi dardejará em pleno esplendor sobre o fundo de todas as consciências. Garibaldi foi uma ideia encarnada num homem. Não viveu para si: viveu para o seu ideal. As contingências da vida deram-lhe vários avatares. Mas em todas as profissões nunca perdeu a identidade. O comerciante do Rio, Cabo Frio e Campos, o patrão da "Mazzini", o combatente da Laguna, o herói da França e da Itália, só vivia para uma aspiração: a unidade italiana. O seu exemplo de fé inabalável nos destinos da sua Pátria é um exemplo a todos nós. Realizam-se lentamente os sonhos. Os