e nem carvoeiro da Tijuca. Ao passo que, se morasse junto às furnas, distantes 20 minutos da Cascatinha, seria realmente vizinho. Dei-me ao trabalho de correr as proximidades do terreno da Casa. Há vestígios de um cafezal centenário. Aceito, pois, a hipótese de que Hagendorp tivesse chegado até lá com o seu cafezal. Não lhe seria difícil chegar à Tijuca transpondo o Corcovado. Spix entrou pelas Laranjeiras e foi dar na Cascatinha com facilidade. Muito mais perto estão as furnas. É esse um problema sobre o qual não está dita a última palavra, bem que a primeira, isto é, a residência oficial de Hagendorp no Corcovado esteja comprovada por documentos irrefragáveis, apresentados por Goulart de Andrade.

Rumamos de vez para a cidade. Daí a pouco a praia da Tijuca nos acolhia com o seu sorriso de águas e montanhas. Passamos pela chácara Ferreira Vianna. Seria um prazer entrarmos naquele formoso recanto, onde murmuram as águas mais puras e pitorescas do Rio. Naquele retiro isolava-se o grande parlamentar do Império, espécie de Chamfort enxertado num beneditino, a cuja ironia, azul como a chama oxídrica, chiavam e contorciam-se os varões de ferro da rotina e da mediocridade. Naquela solidão afundava por meses o grande Capistrano, feliz como um índio ao contato da natureza virgem e primitiva. Mas ficaria para outra vez.