À MARGEM DA 2a EDIÇÃO
Teve este livro uma acolhida benévola por parte da crítica e do público. Houve um certo movimento de interesse em torno dos temas nele agitados. Em alguns centros de cultura médica, vários dos seus pontos de vista foram discutidos. Quando mais não fosse, pelo menos parece ter tido o mérito de chamar atenção dos homens de ciência e dos estudiosos das questões sociais para os problemas da raça, até então inteiramente descuidados ou postos à margem. Não tive, aliás, outro intuito — e isto mesmo confessei no pequeno prefácio que escrevi para a primeira edição. Por isto mesmo é que não tem razão um dos críticos deste livro, quando me acusa de não ter trazido solução aos problemas raciais do meu país. Para ele, eu não fiz mais do que tentar resolver, sem êxito, estes problemas. Ora, na verdade, eu nem sequer "tentei" resolvê-los. Contentei-me simplesmente em sugerir a necessidade de pesquisas sistematizadas, cientificamente conduzidas, no sentido de achar solução para os vários problemas da nossa formação e evolução racial. Encareci, apenas, a importância deles, exemplificando para maior clareza. Tanto na parte relativa aos problemas da raça, como na parte relativa aos problemas da assimilação, os exemplos citados e os dados exibidos o foram apenas a título de exemplo, com o intuito de esclarecer, definir, precisar um pensamento ou uma tese — e não de expor nenhum resultado definitivo ou enunciar a fórmula de nenhuma lei descoberta. E poderia dizer como Henri Berr: