conterrâneos a caboclada lerdaça e tardonha da família do herói dos Urupês, a raça despatriada e torpe, que vegeta, como os lagartos, ao sol, na madraçaria e lombeira dos campos descultivados.
O que eles vêm, sucedendo à idade embrionária do colono, dobrado ao jugo dos capitães mores; o que eles vêm, seguindo-se à época tenebrosa do africano vergalhado pelo relho dos negreiros, é o período banzeiro do autóctone, cedido pela catequese dos missionários à catequese dos politiqueiros, lanzudo ainda na transição mal amanhada e suscetível, pelo seu baixo hibridismo, das bestializações mais imprevistas.
Eis o que eles enxergam, o que eles têm por averiguado, o que os seus atos dão por líquido no povo brasileiro: uma ralé semi-animal e semi-humana de escravos de nascença, concebidos e criados para a obediência, como o muar para a albarda, como o suíno para o chiqueiro, como o gorila para a corrente; uma raça cujo cérebro ainda se não sabe se é de banana, ou de mamão, para se empapar de tudo o que lhe imbutam; uma raça cujo coração ainda não se estudou se é de cortiça, ou de borracha, para não guardar mossa de nada,