A inteligência do Brasil: ensaios sobre Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e Rui Barbosa

PREFÁCIO DA 3ª EDIÇÃO

Entra Inteligência do Brasil em 3ª edição. O fato tocar-me-ia sensivelmente à meio adormecida vaidade de autor, se não estivesse certo de que ele resultou muito menos do mérito do livro do que da diligência dos seus editores e do largo e justo acolhimento público à ilustre Brasiliana, onde o incluíram.

Expliquei na 2ª edição os motivos que me levaram a conservar quase intacto o meu julgamento de mocidade sobre as figuras de que trata Inteligência do Brasil, embora muito eu próprio o tenha modificado. Vinte anos de intervalo, e vinte anos intensamente vividos, transformam a sensibilidade moral e intelectual, pelo menos dos que não imobilizam a consciência e o espírito.

Todavia, semelhante explicação não satisfez a alguns doutos críticos, da minha especial estima e apreço, que não me perdoaram o entusiasmo juvenil, algumas vezes "enfático", em torno da obra política e literária de Rui Barbosa. Se estão em voga as apologias de Joaquim Nabuco e de Machado de Assis, os elogios a Rui Barbosa não parecem de bom gosto. De minha parte, creio bem que se tivesse de traduzir as impressões atuais de leituras renovadas de Machado de Assis, de Joaquim Nabuco, de Rui

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