O caso dos emigrantes nortistas não prova outra cousa senão falta de organização nacional.

Queixam-se, muito justamente, os estados do sul de que lhes faltam "braços" para as necessidades prementes da lavoura; enquanto isso, os estados do norte, não podendo reter uma grande massa de homens validos e prendados, oferecem esses patrícios aos que tanto precisam de trabalhadores. E esses trabalhadores não são recebidos de braços abertos... por motivos muito ponderosos, que ninguém deve desprezar. Aí está o paradoxo, que faz os estudiosos das questões nacionais pensar, imediatamente, naquele mestre insigne da nacionalidade.

A questão é das mais sérias e das mais delicadas. O amor próprio, sub-repticiamente, esgueira-se em toda discussão desse jaez. Há muitas verdades a dizer; mas a sabedoria das nações informa que "nem todas as verdades se dizem"... De sorte que todos quantos têm alguma responsabilidade, teórica ou prática, não podem deixar de hesitar. No entanto, a nação precisa que os filhos lhe falem sempre, nas horas decisivas, como quem fala de coração. O futuro depende em grande parte de um movimento atual de franqueza e de coragem. O tempo de ser "bom moço", já não é mais de hoje. Cada qual deve a si mesmo o respeito de dizer a palavra da consciência, com desinteresse e calma, porque o fenômeno considerado