Ensaios de antropologia brasiliana

clavículas perfurantes, com uns seiscentos centímetros cúbicos de capacidade vital e pélvis infantil... De princípio, essa gente tem toda razão. A graça perturbadora das brasilienses - expressão de um recente viajante germânico dificulta as apreciações. Todos nós conhecemos numerosíssimos tipos, biologicamente insuficientes, que, no entanto, causam grande sucesso de beleza.

Milagres da graça. Não basta, porém, no caso, exigir caracteres normais. A seleção deve ser muito mais apurada. Não sei como estão procedendo os dignos juízes: Certamente andam praticando o que há de melhor. E, como estas notas não serão publicadas senão dias depois do resultado, ninguém dirá que aqui se pretende ensinar o padre-nosso aos conspícuos vigários. tão pouco insinuar métodos ou processos. Estou mesmo crente de que as lindas moças, verificada a sua "boa herança", foram submetidas a exames biológicos severos (morfologia, fisiologia, radiografia, antropometria); passaram depois a provas estéticas (modelo vivo, atitudes...) e finalmente, - como custa ser Miss! - foram levadas a um laboratório de psicologia experimental, porque não só de pão vive o homem.

Um meu amigo ranzinza e reumático exigia mesmo, há dias, que as distintas senhoras tivessem de redigir uma carta e dividir frações. Eu acho que isso é demais. Estou certo de que o modelo da

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