Pelo Brasil maior

de um homem quase sempre atrasado, inculto e cruel.

Esses mesmos que amesquinhavam as nossas instituições na hora dos ódios eram os primeiros a invejá-las na hora do raciocínio. O exemplo de Alberdi é eloquente. Em seus panfletos de polêmica chiava a diatribe contra o Império. Mas, quando arrancou do fundo da consciência, como uma oferenda votiva no altar da pátria, toda a sua sinceridade feita livro, quando escreveu ao Bases, isto é, o prólogo da Constituição Argentina, não julgou abdicar do seu republicanismo ao confessar que as nossas instituições eram as mais perfeitas da América do Sul. Por que então tantas vezes disse o contrário? Pela mesma razão que Bolivar e San Martin. Pela mesma razão que os estadistas platinos, que viveram sempre repetindo a fábula das rãs pedindo rei. Pela mesma razão que Rosas, trágico bandido coroado pela mazorca. Pela mesma razão que Lopez, monstro entronizado sobre a escravidão paraguaia. O ódio de raça. O ódio de raça. O ódio de raça. O formidável ministro de Lopez, D. José Berges, compreendeu o valor dessa arma. Tivemos contra nós graças a ele todos os países da América do Sul. A propaganda republicana herdou o argumento castelhano.

Era natural que caindo o Império desaparecesse esse argumento. Mas não. Os positivistas

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