Pelo Brasil maior

Solano Lopez, com quem se correspondia por intermédio do ministro Barreiro e de outros, como de D. Justo José de Urquiza, o enigma vivo de Entre Rios.

O ódio de Alberdi ao Brasil era visceral e tanto mais crescia quanto menos provável via a realização do seu sonho dourado: a queda de Mitre e Sarmiento. Enquanto a política destes triunfasse, Alberdi, que intimamente se lhes devia reconhecer inferior — a Mitre no complexo de qualidades pessoais, a Sarmiento na genialidade — não poderia realizar as suas ambições de governar a Argentina, à sombra de Urquiza e de Solano Lopez.

Daí as duas grandes preocupações que lhe absorveram a existência: provar que o Império bragantino, amigo de Mitre e Sarmiento, era uma ameaça à América republicana e que Buenos Aires era a inimiga irreconciliável da grandeza Argentina. Os fatos se encarregaram de desmentir ambas as asserções. No entanto esse escritor, que sob certos aspectos dá a ilusão de grande, mas que o simples cotejo com Mitre e Sarmiento reduz às justas proporções de mediania, empregou o melhor do seu tempo e atividade ao serviço desses ódios, que lhe esterilizaram a vida.

É exato, porém, que tantos rancores teve quantos em troca provocou. Inda hoje, por exemplo, o acusam de ter sido estipendiado pelo Paraguai.

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