Pelo Brasil maior

A minha tolerância obriga-me a defendê-lo, a reduzir às devidas proporções essa questão de lanacaprina. Pode-se dizer tudo de Alberdi menos que foi venal. Seu ódio ao Brasil, seu ódio a Mitre, a sua propaganda absorviam-lhe a atividade. Suas crenças e paixões eram profundas e sinceras. Não as alugava, não as vendia. Se o Paraguai auxiliou-o, deu-lhe meios que lhe permitiram trabalhar, se pagou edições dos seus livros, não fez mais do que seu dever. E Alberdi, aceitando um auxílio sem o qual não poderia combater pelas suas convicções, está livre de qualquer censura. Pode ser lamentado pela sua falta de outros meios. Censurado não.

A sua campanha contra o Brasil, provavelmente planeada com José Berges em Londres, onde se encontraram em outubro ou novembro de 1856, como se vê duma carta de A. Tamberlick, irmão do grande tenor italiano, que era nem mais nem menos que agente secreto paraguaio, nunca teve remitências. Não é temerário encontrar aí a nascente de grandes animosidades que surgiram contra o Brasil.

Na guerra contra o Paraguai, Alberdi manifestou-se por este. Muitos de seus patrícios consideraram-no traidor. Não lhe perdoam cantar hosanas ao país que lhe ensanguentava o solo da pátria. Outros o endossam. Mas os lopiztas do Paraguai como pensam? Eles que consideram

Pelo Brasil maior - Página 25 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra