cabe o infinito do perdão. A mãe de Lopez perdoou-lhe as oito pranchadas nas costas, o golpe de espada na cabeça e as bofetadas do padre Maiz, a mandado daquele filho que logo depois a iria abandonar aos soldados inimigos, atirando-lhe à guiza de alento estas palavras:
"Fiese de su sexo, señora!"
Que diria a mãe de Lopez, senão estas palavras: "Não. Uma mãe não pode bendizer os que lhe mataram o filho, embora salvando-a. Pouco se me dava de viver um pouco mais, arrastando a miséria duns dias que as visões do fraticídio enlutavam. Mas não posso ter ódio à mão que lhe cortou o fio da vida alucinada e sangrenta. Poupou-lhe ao menos o crime dos crimes: o último aliás que faltava à sua loucura: o crime de matar a própria mãe.
Deixemos essa escola que detrai a Pátria por amor à filosofia, mas tem a vantagem de condenar ao esquecimento as ideias que esposa. As ideias positivistas têm no Brasil o benefício da clandestinidade. São como o nosso rapé, que gozava da maior popularidade entre os mandarins da China, ao passo que aqui nem se sabia da existência desse gênero de exportação. Conhecemo-las de retorno, graças à divulgação que lhe dão os países estrangeiros, e aos espirros internacionais dos lopizguaios.