Pelo Brasil maior

teve a culpa da guerra, Lopez não foi um tirano e sim um herói. Ora entre os seus atos numera-se o assassínio do avô do sr. Ibarra, depois do indispensável e costumeiro seviciamento. Estará certo o sr. Roquette Pinto de que no íntimo da sua consciência o nobre ministro do Paraguai aprove, esqueça ou perdoe esse ato de pura e requintada malvadez? -

Não sei se o sr. Roquette Pinto encara as instituições decaídas com o mesmo thermidorismo agudo do sr. Medeiros e Albuquerque, formoso espírito que só abdica da imparcialidade ao versar tal assunto. Creio que não. Creio que não sofre da mesma idiossincrasia intelectual. Contudo chega ao mesmo resultado, imperdoável num homem de ciência, habituado às frias análises de laborátorio.

A condenação do Império em princípio é um direito, concedo mesmo, um dever, hoje que a análise esfarelou a sua coluna mestra — o Direito Divino.

Mas condená-lo em globo, sem restrições, sem crítica, sem investigação, só porque foi o império é ir muito longe. É condenar o Brasil.

Será possível que tudo fosse errado e desprezível nesses "ominosos tempos"? Não havia então patriotismo? Onde estavam os brasileiros? Não existiam?

Chegou o tempo da serenidade. Os espíritos

Pelo Brasil maior - Página 37 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra