imparciais têm o dever de encarar friamente todo o nosso passado, e deixar de lado a questão dos dois regimes.
Grandes erros teve sem dúvida o Império. Dissimulá-los é falta de senso crítico. Mas também agravá-los, só porque foram erros do Império, não é republicanismo, é cegueira.
Bem sei que ainda há espírito, mesmo dos mais altos, que condenam em bloco o Império. Não os acompanho, conquanto mais severo talvez que eles em certos pontos. O meu feitio não se compadece com os julgamentos em bloco. Tão sem saudosismos sebastianistas como sem superstições republicanas, quero apenas a justiça e a verdade, naquilo em que nos forem atingíveis. A César o que é de César.
Grande é a responsabilidade das gerações que ensinam para com as que aprendem. Pintar o Brasil como o algoz do Paraguai, torná-lo odioso às crianças brasileiras, que agora abrem os primeiros livros de história pátria, é um crime de lesa-patriotismo, tanto mais abominável quanto sem base.
Desculpável não sei se seria, mas compreensível era, talvez, que a propaganda republicana lançasse mão desses meios para derrocar o trono bragantino. São humanas as alucinações no calor das pelejas. Como fazer justiça ao adversário que no-la nega? Mas caiu a monarquia. A sua