Pelo Brasil maior

Estaria assim explicado o ódio visceral que o padre de Itu votava ao Vaticano. Um dos primeiros atos da sua carreira pública foi propor a supressão do celibato clerical. Em seguida propugnou contra o clero uma série de medidas que o tornam o precursor indígena de Combes. Chegava à separação, ao regime galicano. Graças à oposição de D. Romualdo de Seixas e de Bernardo de Vasconcellos não prevaleceram as suas ideias. Deixaram, porém, no ar uma série de germes maléficos que durou muito tempo. Vilhena de Moraes, num dos seus excelentes estudos, acha que teve muita importância essa, que ele chama, primeira questão religiosa. Não me convence totalmente a sua opinião. Não estou muito longe de crer que Feijó na realidade não passou de uma personalidade secundária, de um Vidigal de batina. Evaristo da Veiga fê-lo o seu feitor, o seu mordomo, o seu braço e morreu desgostoso com ele. O Feijó estadista, o Feijó consolidador, em que pese à legião dos seus admiradores, esse não passa de lenda. O verdadeiro Feijó não pôde senão pretender à glória de um chefe de polícia. E não é pouco.

A auréola de Regente do reino cercou-lhe de uma secreta cumplicidade as rebeldias contra o Vaticano que, aliás mais tarde, teve a hombridade de abjurar.

Os últimos anos da sua vida revestem-se de

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