Pelo Brasil maior

Desde aí começou no Brasil a decadência da Igreja, privada de bons servidores. Data dessa época o costume, que tanto durou em todas as famílias, de mandar ordenar-se o filho menos inteligente. "Vais estudar para padre" era uma locução corriqueira e ofensiva, acoimando de curteza intelectual a quem a ouvia.

Durante a constituinte não poucas foram as arremetidas do ateísmo mais ou menos liberal contra a Igreja vacilante. Maciel da Costa e Cairu, este, debaixo das suas aparências de carrancismo, um dos maiores pensadores que temos tido, uma das almas mais bem integradas com as verdadeiras orientações nacionais, Maciel da Costa e Cairu conseguem evitar a proclamação do ateísmo de Estado.

FEIJÓ

Pouco mais tarde surge no cenário político a figura enérgica e autoritária do padre Diogo Antonio Feijó. Se não mentem tradições paulistas sobre o mistério da sua origem, seria ele descendente muito próximo daqueles netos de João Ramalho, de cuja antropofagia se queixava Anchieta. É possível. Três antepassados longevos poderiam ligá-lo proximamente àquele tronco herético e canibalesco.

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