As corporações recorreram da interdição ao governo do Império, que lhes deu ganho de causa. Não se conformando com essa invasão das suas atribuições, D. Vital julgou-se obrigado a desobedecer às ordens do governo. Preso, julgado e condenado à prisão na Ilha das Cobras o inclito bispo cumpriu parte da pena, até que o Imperador o indultou no ministério Caxias.
O governo imperial mostrou-se nesse episódio completamente abaixo dos interesses nacionais, completamente aquém da sua missão, completamente alheio às nossas tradições e diretrizes. Era presidente do Conselho o Visconde de Rio Branco, grão-mestre da maçonaria. Colocou a desobediência dos bispos (a de D. Vital foi seguida pela de D. Antonio de Macedo Costa, bispo do Pará) no terreno de um atentado à soberania nacional. O Imperador, cioso das suas prerrogativas, foi solidário com ele. Mas a questão era praticamente insolúvel. O mais graduado dos nossos diplomatas, o Barão de Penedo, já então de renome europeu, graças ao destaque que conquistara na corte de St. James, foi despachado para Roma com a missão especial de conseguir que Papa desautorizasse os atos dos seus bispos. O habilíssimo embaixador conseguiu do cardeal Antonelli, não se sabe de que modo, uma carta ou breve censurando os bispos. "Gesta tua non laudantur" assim começaria o célebre rescrito, segundo