sua magnanimidade. Duas grandes obras existem de viajantes que o conheceram: as dos irmãos Parish Robertson e a de Rengger e Longchamp. São ambas acordes em atestar a sua incrível atrocidade e os seus nenhuns requisitos de chefe de Estado. Os primeiros o definem nesta simples frase: "Su ambicion es tan illimitada como su crueldad". Os dois últimos deram-lhe a ver uma antecipação do juízo da posteridade. Mandaram-lhe o seu livro. Francia, escumando de raiva e cheio do tardio arrependimento de não os ter mandado fuzilar, leu página a página o relatório dos seus malefícios. Tirou-se dos seus cuidados. Entendeu responder. Dirigiu a um jornal de Buenos Aires uma contestação. Não pode haver nada mais charro, tosco, elementar e pequenino. Dá a medida do homem. Contenta-se em chamar aos dois inofensivos viajantes envenenadores profissionais. As suas chalaças são deste jaez: lembra a Rengger que lhe chamavam Juan Rengo. Diz que ele e Longchamp eram companheiros de "gancho e rancho". Contesta uma ou outra futilidade do livro. Mas deixa em silêncio todos os crimes nele pormenorizados, dando-lhes assim a mais cabal de todas as confirmações.
Eis a glória da humanidade que figura no calendário comtista. Eis o sinistro ditador, a quem a terra paraguaia recusou até a honra de dormir o sono eterno no seu seio, que profanara e ensanguentara,